Centrais sindicais reivindicam no Conselhão 13% de reajuste para o Piso Regional 2013
por Jousi Quevedo | O presidente em exercício da Força Sindical-RS, Walter Fabro, integrou a reunião. Dirigentes da Fetracos também estiveram presentes.
As Centrais Sindicais solicitam reajuste de 13% para o Salário Mínimo Regional a vigorar em 1º de janeiro de 2013 e uma política permanente, que considere a média de crescimento do PIB gaúcho e nacional dos dois últimos anos, mais a inflação (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC).
Um documento com as reivindicações foi entregue na segunda-feira passado ao Governo do Estado durante reunião dos dirigentes de seis centrais de trabalhadores com o secretário executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Marcelo Danéris, no Centro Administrativo do Estado.
Os trabalhadores solicitam ainda a recuperação das perdas do salário desde sua criação em 2011, propondo que o valor seja reposto em quatro parcelas de 3%, até chegar ao valor inicial que era de 1.28 salários-mínimos.
Os dirigentes pedem também a inclusão de três novas categorias: secretárias, farmacêuticos e trabalhadores de imobiliárias, além de alteração de faixas de categorias que apresentam defasagem na faixa atual. Atualmente o Piso Regional é referência para 1,135 milhão de trabalhadores.
Cerca de 30 sindicalistas participaram do encontro de hoje luigados à Central Única dos Trabalhadores, Nova Central, União Geral dos Trabalhadores, Força Sindical, Central dos Trabalhadores do Brasil e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, além do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Incluir Piso na Constituição Estadual
Em nome das centrais, o presidente da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), Guiomar Vidor, disse que as entidades entendem que o Piso Regional deve ser uma política de Estado e constar da Constituição estadual, configurando-se como um instrumento público de política salarial. Os dirigentes propõem ainda que o Piso Regional seja também o vencimento mínimo dos servidores públicos do Estado.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Claudir Néspolo, destacou que o setor econômico vem recebendo um conjunto de estímulos dos governos estadual e federal – Simples, Fundopem, Integrar, entre outros – que soma-se agora à redução do custo da energia. "Estes ganhos devem ser transferidos para os trabalhadores e não ficarem apenas no lucro das empresas", defende. Néspolo ressaltou que o Piso tem impacto não só na valorização do trabalho mas em outras dinâmicas econômicas de distribuição de renda.
Os argumentos dos empregadores de que não podem pagar o piso não tem fundamento", observou Walter Fabro, da Força Sindical-RS. Ligado aos sapateiros, ele observou que empresas do ramo disputam mão-de-obra, inclusive, pagando por fora.
Pedido é de que reajuste vigore em 1º de janeiro
Dionísio Mazui, da Força Sindical e presidente em exercício da Fetracos, lembrou que é necessário agilizar a negociação para assegurar que a Assembléia Legislativa possa apreciar o projeto antes do recesso de dezembro para que vigore em 1º de janeiro. O Legislativo também receberá cópia do documento entregue ao Executivo.
O vice-presidente da Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (Fecosul), Rogério Reis, disse que é de vital importância o reajuste porque reflete-se nos dissídios das demais categorias.
O secretário Marcelo Danéris observou que o governo ouvirá todas as partes para promover acordo sobre o assunto e o governador Tarso Genro tomará as decisões no prazo necessário. Ele agradeceu a confiança dos trabalhadores em contar com o espaço de diálogo possibilitado pelo CDES-RS, para propiciar o entendimento entre as categorias e as Federações empresariais.
Adiantou que os empresários serão convidados a apresentar suas posições e, na seqüência deve ocorrer uma reunião entre as partes. "O Conselho é um canal aberto para o diálogo vivo e real, uma mesa de negociações plural, com permanente disposição para o acordo", disse.
Marcelo Danéris lembrou que em 2011 o RS cresceu mais que o Brasil e os indicativos econômicos apontam que os reflexos mais agudos da crise já passaram. "O quarto trimestre deve ser de crescimento, não há previsão de estiagem para o próximo ano e os investimentos públicos tendem a crescer", finalizou.
O tema é tratado pela Secretaria do CDES-RS a pedido do governador Tarso Genro. O reajuste deste ano aprovado pelo Legislativo em março foi de 14,75%, com valor de R$ 700,00 para a faixa I. Atendendo ao pedido das federações empresariais, o Governo do Estado retardou para 1º de março de 2012 a data de entrada em vigor do salário regional deste ano. A partir de 2013 o reajuste vigorará em 1º de janeiro, mesma data do salário mínimo nacional.
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.
O Sindec-POA ampliou a mobilização em apoio ao Projeto de Lei nº 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com dois dias consecutivos de descanso remunerado.
O dirigente da Força Sindical e presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, participou nesta quarta-feira (7) da coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Engenheiros do RS (SENGE-RS), que apresentou os principais resultados da contrarreforma trabalhista implementada na Espanha.
O Sindicato dos Comerciários fechou um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente, garantindo reajuste salarial e melhorias para os trabalhadores do setor de concessionárias.
Nos últimos meses, temos acompanhado um crescente debate sobre a jornada de trabalho no Brasil. Movimentos sociais surgiram e ganharam força nas redes sociais, defendendo diferentes propostas para reduzir a carga horária dos trabalhadores. No entanto, é preciso ter clareza sobre o que realmente é viável e pode ser aprovado no Congresso Nacional.
O RS registrou 37 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais em 2024, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Depressão e ansiedade lideram as licenças médicas, somando 18 mil afastamentos – um aumento de 68% em relação ao ano anterior.
Na manhã desta sexta-feira, o Sindec recebeu a visita da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) para discutir o Projeto de Lei 67/2025, de sua autoria, que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e garante dois dias consecutivos de descanso remunerado para os trabalhadores brasileiros.
O Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre (Sindec POA) tomou a iniciativa de mobilizar os trabalhadores e a sociedade em torno de uma importante pauta: a redução da jornada de trabalho e a ampliação do descanso semanal.
Fechamos uma parceria especial com o Instituto Técnico de Educação Porto Alegre - FATEPA, garantindo 20% de desconto nas mensalidades de diversos cursos técnicos.