por Jousi Quevedo | Uma das idéias em avaliação no governo é a exigência de eleições na base de trabalhadores para aprovar a criação de uma nova entidade.
O governo quer adotar mecanismos mais rígidos para a criação de novos sindicatos no país. A proposta, que está sendo discutida pelo Conselho de Relações do Trabalho, vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), visa alterar a portaria 186, de 2008, que deu mais liberdade para a criação de novas entidades sindicais.
As reuniões começaram na semana passada com a participação das centrais sindicais já consolidadas que reclamam da falta de critérios para o surgimento de novos sindicatos.
Uma das idéias em avaliação é a exigência de eleições na base de trabalhadores de determinado sindicato para aprovar a criação de uma nova entidade representativa. Além disso, estudam-se regras mais claras para definir categorias profissionais, setores econômicos e reamos de atividade que podem originar novas representações sindicais.
Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, a portaria 186 tem estimulado o surgimento dos chamados "sindicatos fantasmas", organizações interessadas em obter ganhos das contribuições sindicais compulsórias, mas que não possuem representatividade entre os trabalhadores. "É vantajoso o trabalhador contribuir com o sindicato que o fortalece, mas ao mesmo tempo é prejudicial que sindicalistas usem isso para desmembrar os sindicatos e obter ganhos", afirma sem citar casos concretos.
Gonçalves defende que a criação de sindicatos deve ser restringida. Ele diz que a maioria das categorias já conta com representações sindicais e que, em geral, o surgimento de novos sindicatos ocorre por rachas na base de entidades que já existem.
Falar em liberdade sindical, pode ser maravilhoso, mas também pode causar a fragmentação e o enfraquecimento do movimento sindical, que é o que tem acontecido", afirma.
Segundo dados da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que também tem participado das discussões, o Brasil tem 9.954 sindicatos dos trabalhadores, registrados no Cadastro Nacional de Etnidades Sindicais, sem considerar o universo de entidades que não possuem o registro no Ministério do Trabalho. A avaliação da CUT é a de que o crescimento de novos sindicatos sem representação concreta enfraquece o poder de negociação dos trabalhadores.
O advogado Otávio Pinto e Silva, sócio do escritório Siqueira Castro, diz que nos últimos anos cresceram os processos na Justiça do Trabalho movidos por um sindicato contra o outro. "As estatísticas do Ministério do Trabalho demonstraram que é cada vez maior os pedidos para registros de novos sindicatos, e isso tem refletido diretamente nas ações judiciais", afirma. Para ele, a solução para o problema passa pelo fim da obrigatoriedade de contribuição sindical. A medida funcionaria como uma "peneira" natural para a consolidação de sindicatos legítimos.
Ele diz que as áreas de maior conflito entre sindicatos é a de serviços, na qual há uma grande quantidade de trabalhadores – o que, obviamente, resulta em grande volume de contribuição sindical.
Um dos exemplos de disputa mais recente neste setor opôs a Sindifast, criada para representar especificamente trabalhadores de lanchonetes de fastfood, e a Sinthoresp, mais antiga e que representa cerca de 100 mil trabalhadores de atividades diversas como hotelaria e gastronomia. A disputa acabou indo parar na justiça e resultou em decisão favorável ao Sinthoresp.
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.
O Sindec-POA ampliou a mobilização em apoio ao Projeto de Lei nº 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com dois dias consecutivos de descanso remunerado.
O dirigente da Força Sindical e presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, participou nesta quarta-feira (7) da coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Engenheiros do RS (SENGE-RS), que apresentou os principais resultados da contrarreforma trabalhista implementada na Espanha.
O Sindicato dos Comerciários fechou um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente, garantindo reajuste salarial e melhorias para os trabalhadores do setor de concessionárias.
Nos últimos meses, temos acompanhado um crescente debate sobre a jornada de trabalho no Brasil. Movimentos sociais surgiram e ganharam força nas redes sociais, defendendo diferentes propostas para reduzir a carga horária dos trabalhadores. No entanto, é preciso ter clareza sobre o que realmente é viável e pode ser aprovado no Congresso Nacional.
O RS registrou 37 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais em 2024, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Depressão e ansiedade lideram as licenças médicas, somando 18 mil afastamentos – um aumento de 68% em relação ao ano anterior.
Na manhã desta sexta-feira, o Sindec recebeu a visita da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) para discutir o Projeto de Lei 67/2025, de sua autoria, que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e garante dois dias consecutivos de descanso remunerado para os trabalhadores brasileiros.
O Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre (Sindec POA) tomou a iniciativa de mobilizar os trabalhadores e a sociedade em torno de uma importante pauta: a redução da jornada de trabalho e a ampliação do descanso semanal.
Fechamos uma parceria especial com o Instituto Técnico de Educação Porto Alegre - FATEPA, garantindo 20% de desconto nas mensalidades de diversos cursos técnicos.