por Gabriella Oliveira | Defesa da jornada de 60 horas pela CNI provoca indignação nos dirigentes sindicais.
A proposta do presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Braga de Andrade, feita ao governo, de aumentar a jornada semanal de trabalho de 44 horas para 60 horas (12 horas diárias), provocou a indignação e o repúdio das Centrais Sindicais e reacendeu a luta pela jornada de 40 horas semanais. Trabalhar 40 horas semanais está em consonância com o que há de mais moderno, sem comprometer a competitividade no mundo, pois países como Canadá, Estados Unidos e Suécia adotam este modelo.
Um dos inúmeros benefícios da redução de 44 horas para 40 horas semanais de trabalho, sem redução de salários, é a criação de um círculo virtuoso, pois gera empregos no País, especialmente neste período de crise econômica. "É uma medida excelente para a população e também para as empresas, que terão a chance de aumentar seus lucros, já que o emprego está diretamente ligado ao consumo de bens. Em resumo: todo mundo ganha", declara Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical e deputado federal pelo Solidariedade – São Paulo.
Com 44 horas semanais de trabalho, incluindo as duas horas extras permitidas pela legislação, a jornada brasileira vai até 54 horas e, por este motivo, temos de intensificar a mobilização para as 40 horas se tornarem realidade. Fruto desta pressão e negociações coletivas, temos, hoje, mais de 30 categorias usufruindo das 40 horas ", declara João Carlos Gonçalves, Juruna, secretário-geral da Força Sindical. A redução da jornada desperta o interesse de todos os trabalhadores que desejam conviver mais com a família, estudar mais, ter lazer e descanso.
O crescimento econômico é sempre determinado pela demanda. Neste sentido, o emprego gerado pela redução da jornada de trabalho sem redução de salários tem, por um lado, potencial de puxar o crescimento econômico, e, por outro, tem um componente redistributivo. Ademais, o Brasil possui um número elevadíssimo de assalariados trabalhando mais do que a jornada legal. Em 2015, em São Paulo, este número chegou a 25,3%; em Salvador, este número chegou a 34,7%", segundo a PED/Dieese.
Aqui estamos tratando de jornada efetiva. A análise ‘Custo do Trabalho, produtividade e competitividade: evolução recente e comparações internacionais’, da CNI, elaborado com dados do Bureau of Labor Statistics (BLS), sobre o custo do trabalho, constata que o custo do trabalho no Brasil é relativamente baixo, sobretudo se comparado a países como os EUA e a Zona do Euro: enquanto no Brasil o custo é US$ 11,20 por hora, na Zona do Euro o custo é de US$ 41,27, nos EUA US$ 35,67 e na Argentina US$ 18,87", observa Altair Garcia, técnico do Dieese.
Nesta segunda-feira (4), Porto Alegre foi palco de um importante ato em defesa da classe trabalhadora, reunindo lideranças políticas e sindicais no debate sobre pautas urgentes para o país.
Na manhã de quinta (24), a sede do sindicato foi palco do lançamento oficial da campanha do Plebiscito Popular 2025 promovido pela Força Sindical do Rio Grande do Sul.
O sindicato acaba de lançar seu novo aplicativo oficial, uma ferramenta moderna que coloca as principais informações, serviços e novidades na palma da mão dos trabalhadores.
Na tarde desta segunda, 7 de julho, o Sindec deu mais um passo importante na luta pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com a entrega de 10.249 assinaturas do abaixo-assinado em apoio ao PL 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS).
Com o compromisso constante de aprimorar a atuação em defesa dos comerciários de Porto Alegre, o Sindec iniciou nesta terça-feira (1) o curso de capacitação "Expert em Cálculo e Rotinas Trabalhistas", voltado aos diretores e funcionários da área de Fiscalização do sindicato.
Na última quinta-feira (26) a categoria aprovou por unanimidade a prestação de contas do exercício 2024 e o parecer do Conselho Fiscal do Sindec-POA durante Assembleia realizada de forma híbrida, presencial e virtual.