Plenária Estadual da Força Sindical debate conjuntura política
por Gabriella Oliveira | Em questão estiveram os reflexos das Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram o acesso a benefícios para trabalhadores.
Na última quarta-feira (dia 24) aconteceu no Hotel Embaixador, em Porto Alegre, a Plenária Estadual da Força Sindical, com foco na gravidade da conjuntura, nos campos político e econômico, com reflexos na vida dos trabalhadores. O encontro foi promovido entre as direções nacional e estadual da Força Sindical.
A Plenária reuniu sindicalistas gaúchos de diferentes regiões e ramos de atividade, além das presenças de João Carlos Gonçalves "Juruna", secretário-geral nacional; Geraldino dos Santos Silva, secretário nacional de Relações Sindicais, e Marcio Villalva, secretário nacional adjunto de Relações Sindicais da Força Sindical. Entre convidados, destaque para Altair Garcia, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (DIEESE), que apresentou a palestra sobre "Análise da Conjuntura Nacional e Estadual".
O secretário-geral da Força Sindical, Juruna, afirmou que o encontro teve o objetivo de compor a Central e ter uma visão nacional nas atividades sindicais e na representação dos municípios. "Estamos aqui pra trabalhar unitariamente o fortalecimento da nossa central". O dirigentes ainda defendeu que o movimento sindical deve avançar na luta para aprimorar a regulamentação da terceirização.
Em questão estiveram os reflexos das Medidas Provisórias 664 e 665, que alteram o acesso a benefícios para trabalhadores, aposentados e pensionistas, no seguro-desemprego, pensão por morte, auxílio-doença e abono salarial (PIS).
O presidente licenciado da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, destacou a importância da participação do movimento sindical na política.
Temos que levar nossos representantes sindicais para dentro do parlamento e sermos protagonistas. Central igual a nossa não existe! As outras se omitem ou tomam as posições erradas. A nossa é na defesa dos direitos dos trabalhadores. O nosso lado é ao lado dos trabalhadores e não ao lado de governo", afirmou o sindicalista e vereador em POA.
Na pauta do debate também esteve a negociação entre as centrais sindicais e o relator do Projeto de Lei 4330/04, que admite a terceirização em toda e qualquer atividade, pública e privada, e que vai além das chamadas atividades-meio e revoga norma do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que limita o processo às atividades-fim, permitindo a subcontratação.
O assessor político da Força Sindical e ex-Ministro do Trabalho, Antonio Rogério Magri, palestrou sobre a história do movimento sindical.
Ir para a questão política simples é fundamental para o movimento sindical brasileiro, que ainda é a maior reserva moral desse país. Ele só precisa da capacidade de dizer 'eu não sou coadjuvante'", ressaltou Magri.
O encontro teve diversas manifestações dos sindicalistas filiados acerca dos assuntos em pauta.
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.
O Sindec-POA ampliou a mobilização em apoio ao Projeto de Lei nº 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com dois dias consecutivos de descanso remunerado.
O dirigente da Força Sindical e presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, participou nesta quarta-feira (7) da coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Engenheiros do RS (SENGE-RS), que apresentou os principais resultados da contrarreforma trabalhista implementada na Espanha.
O Sindicato dos Comerciários fechou um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente, garantindo reajuste salarial e melhorias para os trabalhadores do setor de concessionárias.
Nos últimos meses, temos acompanhado um crescente debate sobre a jornada de trabalho no Brasil. Movimentos sociais surgiram e ganharam força nas redes sociais, defendendo diferentes propostas para reduzir a carga horária dos trabalhadores. No entanto, é preciso ter clareza sobre o que realmente é viável e pode ser aprovado no Congresso Nacional.
O RS registrou 37 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais em 2024, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Depressão e ansiedade lideram as licenças médicas, somando 18 mil afastamentos – um aumento de 68% em relação ao ano anterior.
Na manhã desta sexta-feira, o Sindec recebeu a visita da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) para discutir o Projeto de Lei 67/2025, de sua autoria, que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e garante dois dias consecutivos de descanso remunerado para os trabalhadores brasileiros.
O Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre (Sindec POA) tomou a iniciativa de mobilizar os trabalhadores e a sociedade em torno de uma importante pauta: a redução da jornada de trabalho e a ampliação do descanso semanal.
Fechamos uma parceria especial com o Instituto Técnico de Educação Porto Alegre - FATEPA, garantindo 20% de desconto nas mensalidades de diversos cursos técnicos.