Trabalho Decente: Crítica à organização é consenso na I CNETD
por Jousi Quevedo | O que tinha tudo para ser inovador, com a introdução do sistema eletrônico de credenciamento e votação, terminou por ser o foco das queixas dos participantes.
Se a busca de convergência é a principal meta de delegados e organizadores da I Conferência Nacional do Emprego e Trabalho Decente (I CNETD), uma constatação já se mostra consensual antes mesmo do final dos trabalhos: todos concordam na crítica à organização do evento. O que tinha tudo para ser inovador, com a introdução do sistema eletrônico de credenciamento e votação, terminou por ser o foco das queixas dos participantes.
A desorganização técnica e operacional pode comprometer os resultados", advertiu Karina Salamoni – coordenadora de Desenvolvimento Profissional do Serviço Social do Transporte (Sest) e do Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte (Senat), que teme a possibilidade de impugnação dos trabalhos em grupos em razão do que está previsto no próprio estatuto.
Em que pese o destaque feito ao exercício da construção de consensos, "que pode apontar a construção de políticas públicas que terão a forma de projetos, programas e leis", a secretária nacional de Qualificação Profissional da Força Sindical, Neuza Barbosa de Lima, viu os mesmos problemas que a cega Isaura Gisele de Oliveira, representante da sociedade civil, que considerou precárias as condições de acessibilidade nas dependências do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, que recebe a I CNETD. Logo ao chegar, Isaura se deu conta de que a existência de material publicado em Braille (sistema de leitura com o tato para cegos, inventado pelo francês Louis Braille, em 1827) não era desconhecida pelo pessoal de apoio e que a falta de sinalização no piso tátil, os acessos à plenárias e banheiros, o que tornaria dispensável a figura do acompanhante. "A organização do evento desconhece as necessidades e vivências das pessoas com deficiência", condenou a delegada, que também reparou a inexistência de local específico para surdos.
No campo governamental, Carlos Andreu Ortiz, titular da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho de São Paulo, disse que a organização deixou muito a desejar e que tanto empresários como trabalhadores estão melhor preparados para a montagem de um evento desse porte. Maria Helena de Oliveira, representante da Comissão Estadual de Emprego do Rio Grande do Sul, fez críticas à demora com que o sistema incorporou a relação de nomes dos grupos, que se reuniram desde a manhã da quarta (09/08), mas que somente receberam a confirmação eletrônica somente ao final daquele dia. A delegada, que integrou a comissão organizadora da regional da I CNETD, viu falhas no evento nacional que não ocorreram no encontro estadual.
Na consideração de Rose Maria Back Cidral, da Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação (SSI), de Santa Catarina, acusou a falta de organização anteriormente à realização da I CNETD. Responsável pela articulação dos 40 delegados catarinenses e membro da Comissão Estadual de Emprego, ela reclama da carência de informações e da possibilidade de subdividir os delegados nos grupos de trabalho já no estado de origem, o que só veio a ocorrer no evento, em hora imprópria. Rose Cidral ainda notou deficiências na disponibilização de água para os participantes, levando em conta o conhecido clima seco de Brasilia.
Diante da prorrogação do início da obrigatoriedade das medidas para proteção da saúde mental no ambiente de trabalho por mais um ano, passando de 2025 para 2026, Clàudio Janta, Secretário-Geral do Sindec-POA, declarou que a decisão não surpreende.
O Sindec-POA ampliou a mobilização em apoio ao Projeto de Lei nº 67/2025, de autoria da deputada federal Daiana Santos (PCdoB/RS), que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, com dois dias consecutivos de descanso remunerado.
O dirigente da Força Sindical e presidente do Sindec-POA, Nilton Neco, participou nesta quarta-feira (7) da coletiva de imprensa realizada no Sindicato dos Engenheiros do RS (SENGE-RS), que apresentou os principais resultados da contrarreforma trabalhista implementada na Espanha.
O Sindicato dos Comerciários fechou um termo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) vigente, garantindo reajuste salarial e melhorias para os trabalhadores do setor de concessionárias.
Nos últimos meses, temos acompanhado um crescente debate sobre a jornada de trabalho no Brasil. Movimentos sociais surgiram e ganharam força nas redes sociais, defendendo diferentes propostas para reduzir a carga horária dos trabalhadores. No entanto, é preciso ter clareza sobre o que realmente é viável e pode ser aprovado no Congresso Nacional.
O RS registrou 37 mil afastamentos do trabalho por transtornos mentais em 2024, de acordo com o Ministério da Previdência Social. Depressão e ansiedade lideram as licenças médicas, somando 18 mil afastamentos – um aumento de 68% em relação ao ano anterior.
Na manhã desta sexta-feira, o Sindec recebeu a visita da deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) para discutir o Projeto de Lei 67/2025, de sua autoria, que propõe a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e garante dois dias consecutivos de descanso remunerado para os trabalhadores brasileiros.
O Sindicato dos Comerciários de Porto Alegre (Sindec POA) tomou a iniciativa de mobilizar os trabalhadores e a sociedade em torno de uma importante pauta: a redução da jornada de trabalho e a ampliação do descanso semanal.
Fechamos uma parceria especial com o Instituto Técnico de Educação Porto Alegre - FATEPA, garantindo 20% de desconto nas mensalidades de diversos cursos técnicos.